Novo C3 aposta em para-brisa panorâmico na disputa dos compactos premium

O vidro panorâmico alongou o para-brisa em 36 cm, triplicando o ângulo de visão. A novidade já era oferecida no C4 Picasso.

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A peça produzida pela Saint-Gobain Sekurit confere aos passageiros uma experiência sensorial única.

 

A principal razão pela transformação da Citroën em uma marca premium, status que ela possui apenas no Brasil, sem dúvida nenhuma, foi o grande sucesso do compacto C3.

Mas agora, para manter a imagem premium da marca e do próprio veículo em si, a montadora reestilizou o modelo 2013.

O novo C3 mudou totalmente seu design e ganhou itens de série requintados. Mas ao entrar no carro, o que mais chama a atenção é o para-brisa panorâmico intitulado Zenith.

A peça produzida pela Saint-Gobain Sekurit alonga o vidro frontal em 36 cm, o que triplica o ângulo de visão do motorista. Contudo, sua abertura pode ser regulada por uma peça móvel no forro interno do teto. Em virtude dele, os para-sóis perderam os espelhos e luzes de cortesia.

Todo o marketing de lançamento e as peças publicitárias do novo C3 são baseados na visibilidade extra proporcionada pelo para-brisa panorâmico – item de série na versão intermediária “Tendance” e na top “Exclusive”. A previsão da Citroën é que o para-brisa Zenith esteja em 70% dos C3 vendidos no Brasil.

Sua visibilidade periférica é superior até mesmo que em modelos conversíveis. Isto porque apesar da ausência do teto, a moldura convencional do para-brisa de um cabriolet quebra o campo de visão.

Mas assim como num conversível, a interação com o entorno pode ser controlada no novo C3, bastando deslizar um forro móvel. O modelo vem equipado com um inusitado sistema de forro deslizante sobre trilhos embutidos. Desta forma, quando o forro do teto está todo puxado à frente, o motorista limita a amplitude do para-brisa, deixando o C3 com uma visibilidade convencional.

O novo para-brisa – que tem 1,35 metro de comprimento, contra 99 cm de um para-brisa normal – alonga a área envidraçada até acima da cabeça do motorista.

A novidade já era oferecida no C4 Picasso e segundo a gerente de produto da Citroën, Cléa Tiepo, aumenta em 80° a visibilidade em relação a um carro com para-brisa normal. O nome Zenith, aliás, vem da Astronomia. Significa o ponto mais alto que um astrônomo pode ver na esfera celeste.

Com relação aos custos de reparação de um para-brisa tão avantajado, a marca avisa que sua substituição custará os mesmos R$ 1.465 que custa o vidro dianteiro do C3 no modelo antigo.

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O novo para-brisa - que tem 1,35 metro de comprimento, contra 99 cm de um para-brisa normal - alonga a área envidraçada até acima da cabeça do motorista.
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Na imagem à esquerda, o para-brisa parcialmente coberto pelo forro móvel. E à direita, com o máximo de visibilidade.