Botijão de gás em fibra de vidro é testado no Brasil

As principais vantagens em relação ao botijão de aço são a leveza e o fato de não enferrujarem.

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Lançado com muito sucesso nos mercados europeu, americano e asiático, a nova embalagem chega ao Brasil nas versões de 5 e 10 kg.

 

A Liquigás Distribuidora, subsidiária da Petrobras, começou a testar em fevereiro deste ano as novas embalagens de botijões de gás feitas de fibra de vidro, mais leves que as tradicionais embalagens de aço. Cerca de 12 mil consumidores das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de São Paulo e Porto Alegre utilizaram o produto.

O novo botijão possui internamente um invólucro de aço, reforçado com fibra Twintex (fibra de vidro com termoplástico) e, externamente é revestido com uma cobertura rígida que completa o acabamento. O produto pode ser considerado sustentável já que esta cobertura é confeccionada com material reciclável.

Segundo o presidente da Liquigás, Antonio Rubens Silva Silvino, a nova embalagem, batizada pela empresa de LEV, possui linhas mais harmônicas do que os tradicionais botijões de aço. Ainda segundo ele, o botijão já foi lançado com sucesso nos mercados europeu, americano e asiático.

No Brasil, o vasilhame chega nas versões de 5 e 10 kg e já está em processo de certificação no Inmetro. Além do desenho inovador, o produto também é mais leve, menor e funcional. Quando vazio, tem cerca de metade do peso do tradicional e possui alças ergonômicas que facilitam o transporte e o manuseio pelo consumidor. Para as distribuidoras o ganho com o peso pode ser significativo, reduzindo o custo de transporte.

A válvula de acoplamento será igual à do tradicional botijão de 13 kg. “É uma excelente opção para quem tem baixo consumo de gás, como pessoas que moram sozinhas e famílias pequenas e para aquelas que têm um espaço reduzido em casa. Os novos vasilhames de 5 e 10 kg poderão atender a outros nichos de mercado, como trailers e embarcações, onde peso e dimensões são atributos importantes”, completa o executivo

A Liquigás informou que, após a avaliação dos resultados dos testes, será elaborado um relatório sobre a viabilidade da comercialização e a instalação de uma fábrica para produção das embalagens de fibra de vidro no país.

Se aprovado pelos consumidores, o novo botijão poderá ser comercializado em todo o país. Sua adoção, entretanto, não será obrigatória pelas distribuidoras de GLP (gás liquefeito de petróleo). O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello, disse à Agência Brasil que, desde que foram introduzidos no país, há 75 anos, os botijões de aço vêm experimentando inovações contínuas, mudando inclusive de tamanho e volume.

Ele acredita que a adoção maciça do botijão de fibra de vidro vai depender muito mais do mercado. Mello disse não ver problema em relação aos botijões de aço, “que são muito seguros e amplamente utilizados no mercado mundial”. Para ele, a nova embalagem não substituirá o velho botijão de aço porque eles foram desenvolvidos “de forma tão eficiente, que são retornáveis e recicláveis ao final de sua vida útil”. As vantagens apontadas por Mello em relação ao botijão de fibra de vidro são a leveza e o fato de não enferrujarem, sujando o chão.

 

Fonte: Agência Brasil