Um refúgio da humanidade, na forma de ilha flutuante, para condições climáticas extremas geradas pelo aquecimento global
O arquiteto Alexandre Krasinski compartilhou seu projeto visionário de uma ilha artificial no Golfo Pérsico, Emirados Árabes Unidos, capaz de resistir à furacões e tsunamis. O conceito de arquitetura vem como resposta à luz dos problemas intimamente relacionados ao aquecimento global, levando o planeta à condições climáticas extremas.
Medindo mil metros de diâmetro e mil metros de altura, a ilha futurística, toda estruturada em aço e vidro, oferece 5 milhões de metros quadrados de área útil e espaço suficiente para 52.096 habitantes, acomodados em uma torre de 48 andares.
O designer de 41 anos espera que a construção de aço e vidro possa não somente fornecer a infraestrutura necessária para a vida no futuro, mas também inspirar uma nova civilização. “A temperatura na Terra está subindo, derretendo os glaciares. Isso aumenta o nível do mar e dos oceanos. Muitos países têm territórios na costa ou mesmo ilhas. É fácil imaginar que esses territórios serão inundados. O problema é ainda maior nas regiões mais populosas”, afirmou Aleksander, de seu escritório em Varsóvia, na Polônia, ao tablóide Daily Mail. “Existem também países onde a maioria do território está abaixo do nível do mar, como a Holanda”, acrescentou.
Para solucionar o problema, o arquiteto projetou uma cidade autossuficiente que terá uma série de painéis solares, turbinas eólicas e um sistema de reciclagem tão eficiente que não será preciso depender de quem estiver morando do lado de fora da ilha.
A fantástica torre também abrigará indústrias, escritórios, escolas e centros de saúde em seus níveis centrais. “No ponto mais alto, ficará a zona residencial, que contará com uma área de esportes e também de recreação, além de um parque. Para se comunicar com o resto do mundo, os habitantes da ilha usarão o transporte marítimo”, conta Aleksander.
No plano filosófico, o arquiteto espera criar uma sociedade diferente, já que a ilha poderá se autogovernar. “A maior vantagem é que a ilha terá suas próprias políticas internas. Ela será independente e é um modelo que poderá ser usado por outros grupos de pessoas, corporações e outros membros da sociedade que quiserem viver de outra maneira”.
Fonte: Época Negócios