Vidro ultrafino resistente a explosões

Utilizando longas fibras de vidro, pesquisadores estão desenvolvendo vidro laminado de 6mm resistente a bombas, terremotos e furacões

Vidro ultrafino resistente a explosões
Vidro ultrafino resistente a explosões

Cientistas estão constantemente desenvolvendo técnicas de proteção projetadas para resguardar pessoas importantes no interior de edifícios e veículos. Um dos tipos mais comuns de defesa é um vidro a prova de bala e resistente a bombas.

Segundo relatório do Pentágono sobre o bombardeio em 1996, na Arábia Saudita, estilhaços de vidro são uma das principais causas de morte em atentados. O problema atual do vidro resistente a explosões é que o material é muito grosso – tanto quanto um livro de 300 páginas – dificultando o encaixilhamento nas esquadrias dos edifícios.

Agora, uma equipe de engenheiros da Universidade de Missouri, nos EUA, e da Universidade de Sydney, na Austrália, estão trabalhando no desenvolvimento de um novo tipo de vidro resistente a explosões. O material é muito mais fino do que o vidro atual, mas tem as mesmas propriedades resistentes a explosões que o antigo.

O novo vidro é laminado e tem cerca de 6 milímetros de espessura, sendo feito a partir de duas folhas finas de vidro recheadas por um componente plástico reforçado com fibras de vidro. Sua força vem da utilização de fibras de vidro em uma longa peça embebida em líquido plástico e depois grudada com cola transparente, tudo para manter a transparência do conjunto.

O vidro resultante é muito forte, fino e claro, além de caber nas vidraças existentes. Segundo os pesquisadores, o preço acessível e a facilidade de instalação poderiam encorajar o uso generalizado dessas janelas resistentes em estruturas civis, protegendo a vida dos ocupantes contra múltiplas ameaças e perigos.

Os pesquisadores já testaram o vidro, expondo um painel pequeno do material a uma explosão. Os resultados foram fantásticos. Segundo Sanjeev Khanna, pesquisador principal do projeto e professor de engenharia mecânica na Universidade de Missouri, enquanto a descarga da bomba quebrou o painel, a superfície frontal ficou completamente intacta. Outros testes com explosões maiores estão planejados.

Fonte: hypescience