GlassX – Vidro quádruplo com resistência à insolação semelhante ao concreto

Desenvolvido pela Greenlite Glass, o GlassX armazena temperatura para reutilizá-la no aquecimento ou resfriamento do edifício

Aplicação GlassX
Projetada por Dietrich Schwarz, a fachada deste edifício na Suíça, utilizou 1.600 m² de GlassX

Apresentado ao mercado norte-americano em junho passado, durante a AIA show, em Miami, o sistema de vidros GlassX incorpora um hidrato de sal em mudança de fase (PCM – phase change material) que armazena a temperatura exterior para reutilizá-la no aquecimento ou resfriamento do edifício, conforme a necessidade, fazendo com que os sistemas de climatização mecânica sejam menos utilizados. O GlassX é uma unidade selada de vidro quádruplo, composta de três unidades de vidro isolante (UVA), um filtro solar prismático que desvia a luz do sol em um ângulo elevado, dois revestimentos de baixa emissividade e um núcleo de PCM. Segundo os distribuidores do produto para a América do Norte, o GlassX tem uma capacidade de resistência à insolação semelhante a do concreto, algo praticamente inédito em vidros para fachada.

Ainda de acordo com os distribuidores, o GlassX não apenas atende, mas supera as exigências do atual código energético americano das edificações. Eles afirmam, ainda, que a crença de que os edifícios de vidro seriam coisa do passado está sendo superada. O GlassX permitirá que se tenham amplas paredes de vidro para aproveitar a luz natural, mas respeitando as novas normas para a perda de calor em edifícios.

Hidrato de sal em PCM  – Um cubo de gelo que não derrete

O hidrato de sal em PCM é formulado especificamente para o mercado da construção para derreter e congelar dentro de uma faixa estreita que fica próximo à temperatura ambiente. A seção de 0,8 polegadas de espessura do PCM pode armazenar a mesma quantidade de calor do que 9 polegadas de concreto, que irá liberar o calor constante, a uma taxa de 16-30 BTUs ao longo de um ciclo de 20 horas. Dependendo do uso e do tamanho do prédio, a temperatura interior pode ser reduzida em 4 a 6 graus Celsius nos meses de verão. É como se fosse um cubo de gelo que não derrete.

Desenvolvido na Suíça há mais de uma década e utilizado em muitos edifícios europeus, o vidro está sendo, agora, considerado para projetos na América do Norte. Em comparação com os US$220 a US$330 por metro quadrado de um vidro triplo tradicional, os custos do GlassX alcançam cerca de três vezes mais, com média de US$ 660 a $990 por metro quadrado. Mas estima-se que o retorno seja de cinco a dez anos, devido às economias de energia, principalmente no ar condicionado.

Sem dúvida alguma que, pelo pay back apresentado, o produto não será inicialmente muito popular no Brasil. Mas não se pode descartá-lo para algumas aplicações.

GlassX
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Fonte: Architectural Record