Teste balístico de vidro blindado para construção

Vídeo mostra como vidros blindados são produzidos e posteriormente testados

A demanda por vidros blindados para a construção civil cresceu nos últimos anos, em função do aumento da violência nas grandes cidades. No setor, o material já é comumente utilizado em guaritas, janelas, portas e fachadas, e seu desempenho deve ser atestado pelo exército, que é a entidade responsável pela autorização de fabricação e comercialização do produto.

Os vidros produzidos no Brasil, dependendo de seu nível balístico, chegam a suportar tiros de fuzis “762” e “AR-15”. O nível 3, mais resistente produzido no País, chega a ter até 41 mm. No setor da construção civil, o nível balístico utilizado normalmente é o 3A, com 21 mm de espessura, resistente a tiros de metralhadoras 9 mm e de “44 Magnum”. De acordo com Nelson Luís Ferreira, gerente de produção de vidros blindados da Fanavid, “há um esforço do setor para que os vidros tenham menor espessura, sem perder a sua resistência”. Segundo ele, já é possível encontrar vidros com 17 mm.

A produção de uma peça de vidro blindado dura, em média, de 16 a 20 horas. O primeiro processo é o de limpeza e especificação, verificando se o vidro não apresenta nenhuma falha ou impureza. Depois, o vidro é montado com todas as suas camadas e é colocado no forno. Semanalmente e a cada novo lote de vidros, o fabricante realiza um teste balístico conforme a norma ABNT NBR 15.000:2005.

De acordo com Ferreira, não há diferença no processo de instalação entre um vidro comum e um blindado. No entanto, o diretor da Fanavid observa a necessidade de blindagem não só do vidro, mas também do fechamento do edifício e do caixilho.

Por Maurício Lima

Fonte: PINIweb