O envolvimento de Jobs no design dos produtos era tão intenso que ao todo ele possui mais de 300 patentes da Apple registradas
A influência de Steven Paul Jobs, ou simplesmente, Steve Jobs, na Apple, transcendia as competências de um executivo-chefe (CEO), mergulhando na concepção e pricipalmente design de uma infinidade de produtos da marca. O seu profundo envolvimento no desenvolvimento de novos produtos em tantos aspectos, levanta a questão de por quanto tempo a Apple consegue manter sua imagem de uma empresa inovadora, após a saída de Jobs.
Essa dependência pode ser explicada pelo número de patentes em que seu nome aparece como principal inventor ou o único, ao todo são 313. Mas o curioso, é que a maioria destas patentes são do design do produto, cobrindo mais o visual do que a inovação técnica – processos e algoritmos.
Suas patentes, qua vão desde os primórdios da tecnologia, com os primeiros Macintoshs e iMacs coloridos, e mais recentemente, iPods, iPhones e iPads, chegaram até a área da arquitetura, tendo seu nome envolvido no design e especificação das famosas escadas de vidro das Apple Stores e até mesmo na fachada do “Cubo de Vidro” presente na loja da Quinta Avenida, em Nova Iorque.
O nome do ex-CEO da Apple aparece tanto em produtos aparentemente insignificantes, quanto nos que se mostraram fundamentais para o sucesso da companhia: os fones de ouvido e embalagens dos iPods, assim como diversos modelos de desktops e laptops, monitores, mouses e teclados, são alguns dos exemplos.
O New York Times diz que o número de patentes atribuídas a Jobs é bem maior do que a média dos chefes de grandes empresas de tecnologia, incluindo os que tiveram sucesso em áreas técnicas. Como comparação, Bill Gates tem somente nove patentes da Microsoft, mesmo sendo o cofundador e chefe da empresa por mais de duas décadas. Larry Page e Sergey Brin, cofundadores da Google, têm pouco mais de uma dúzia de patentes em seus nomes.