Cristaleiras novamente em alta

Retrôs ou mais modernas, cristaleiras voltaram trazendo charme e personalidade aos ambientes

Para guardar louças ou como peças decorativas elas aparecem cada vez mais nos projetos. As cristaleiras antigas contam histórias, guardam coleções e preciosas lembranças. Estas peças podem ser uma boa opção como elemento de destaque na decoração.

A madeira trabalhada das peças antigas dá lugar a linhas mais retas e outros materiais como ferro, alumínio e espelho. “O MDF está sendo mais utilizado por ser bem mais barato”, revela a designer de interiores Claudia de Oliveira. Cada peça tem um detalhe que faz a diferença e chama a atenção. A madeira pode ganhar desenhos e curvas e, assim a cristaleira fica parecida com as tradicionais e antigas. Já aquelas com linhas retas e cores claras feita em alumínio, ferro e vidro são mais modernas e deixam o ambiente mais clean.

Cláudia diz que é possível brincar com as formas, tamanhos e cores. Os preços também variam de acordo com o material e o tamanho da peça. Segundo ela, as cristaleiras se tornaram multifuncionais e servem para guardar louças ou servir de apoio na hora de uma refeição. Com bom gosto, a cristaleira pode ter inúmeras funções. Diferente do que eram antigamente, elas também podem ser embutidas e com portas de vidro espelhado.

Essa ampliação de funções é consequência do tamanho de apartamentos que estão cada vez mais compactos, a peça pode ser usada em diversos lugares da casa. Além da sala de estar e de jantar, a cristaleira também tem aparecido no home theater, nos corredores e até mesmo no banheiro. “Depende do estilo do projeto e da personalidade do cliente. No banheiro pode ser usada para guardar frascos de perfumes mais raros”.

A designer de interiores Cleise Ellen Franco conta que, quando era criança, se encantava com as cristaleira que haviam nas casas dos amigos da família. “As pessoas guardavam aparelhos de jantar que não eram usados no cotidiano, cristais e, principalmente, presentes de casamentos mais sofisticados. Eu adorava admirar as peças. Mas tinha que ser de longe”, brinca.

A partir dos anos 70, as cristaleiras ficaram fora da lista de decoração. Cleise conta que mesmo assim, os mais tradicionalistas mantinham as peças nas salas de jantar e aqueles que tinham mais posses solicitavam projetos, onde deveria haver um local para guardar as peças mais caras e especiais, os chamados louceiros, onde também se guardava cristais e louças refinadas. Era uma espécie de armário embutido, com portas de vidros em um local sempre próximo às cozinhas.

Fonte: gazetadigital