Criado primeiro antiembaçante definitivo

Utilizando um fino revestimento transparente, pesquisadores canadenses chegaram ao antiembaçante permanente

Antiembaçante-Permanente
O desafio foi encontrar uma forma de aderir um composto hidrofílico à superfície do vidro sem alterar suas propriedades ópticas

 

O Dr. Gaétan Laroche e seus colegas da Universidade de Laval afirmam que o material pode resolver de uma vez por todas o problema do embaçamento em óculos, para-brisas, lentes de câmeras e em qualquer superfície transparente, seja de vidro ou de plástico.
Embaçamento

Uma superfície embaça quando o vapor de água no ar condensa-se sobre ela na forma de gotículas. “Apesar das aparências, a névoa que se forma sobre os vidros não é um filme contínuo. Na verdade, ela consiste de minúsculas gotículas de água que se aglutinam na superfície, reduzindo a transmissão da luz,” explica Laroche.

Um revestimento antiembaçante eficiente deve justamente evitar a formação dessas gotículas. Os pesquisadores usaram álcool polivinílico, um composto hidrofílico que permite que a água se espalhe uniformemente, evitando a formação das gotículas. São as gotas as responsáveis pelo espalhamento da luz em diversas direções, atrapalhando a visão.

 

Revestimento antiembaçante

O desafio foi encontrar uma forma de fazer com que o composto aderisse firmemente à superfície de vidro ou plástico.

Para superar esse problema, os pesquisadores criaram uma base aplicando quatro camadas sucessivas de moléculas, que formaram ligações fortes com suas camadas adjacentes, antes de acrescentar o composto anti-neblina.

O resultado é um fino revestimento transparente que não altera as propriedades ópticas da superfície sobre a qual é aplicado.

Além disso, as ligações químicas que conectam as diferentes camadas moleculares da base garantem a dureza e a durabilidade de todo o revestimento.

“Os tratamentos antiembaçantes existentes não têm essas propriedades e não resistem à lavagem, o que exige que a aplicação do produto tenha que ser refeita regularmente,” observa o professor Laroche. “Nosso revestimento, por outro lado, é permanente.”

O invento rendeu duas patentes, que já estão sendo negociadas com empresas interessadas em aplicá-lo em diversos produtos, sobretudo para-brisas e óculos.

 

Fonte: inovação tecnológica