Instituto Autoglass promove seminário sobre tecnologias mundiais em reciclagem de resíduos sólidos

O convidado Gerard Briane, da Briane Environnement, apresentou novos processos de reaproveitamento de plástico e vidro utilizados na Europa

Gerard Briane Presidente do Grupo Briane Environnement
Gerard Briane, presidente do grupo francês Briane Environnement, apresentou a máquina Betty Box, capaz de identificar e separar os diversos tipos de plásticos e vidros pela cor

 

A convite do Instituto Autoglass, que trabalha na reciclagem dos vidros de para-brisa descartados, o presidente do grupo francês Briane Environnement, Gerard Briane, esteve no Brasil no mês de agosto, participando de encontros, reuniões e seminários, para explicar os procedimentos adotados na Europa, especialmente na França, para reaproveitamento de resíduos sólidos.

“O Instituto promoveu a vinda do empresário Gerard Briane com o intuito de aproveitar o momento brasileiro em que se discute a implantação do Programa Nacional de Resíduos Sólidos”, afirmou o presidente do Instituto Autoglass, Kleber Carreira.

Durante suas exposições, Briane apresentou a máquina Betty Box, que faz a separação de vidros e plásticos e é utilizada pelos moradores da cidade francesa de Saint-Juery. O diferencial do equipamento é uma tecnologia capaz de identificar e separar os diversos tipos de plásticos e vidros pela cor (transparente, azul, verde e marrom). Os usuários recebem um comprovante e a cada 15 euros, é feito um depósito bancário na conta corrente previamente cadastrada no sistema.

Briane também chamou a atenção para a questão do plástico introduzido entre as duas lâminas de vidro que formam o para-brisa automotivo. Conhecido como PVB (polivinil butiral), o material permanece no vidro em pequenas quantidades mesmo após a reciclagem. Pesquisas estão sendo realizadas para se chegar a solução, e já há experiências para utilização do PVB em fornos para geração de energia. Segundo o empresário, o importante é que seja retirado o máximo possível do plástico do vidro. Na empresa francesa, o resíduo de plástico é deixado sob o tempo por seis meses para que o mesmo se dilate e se solte do vidro. Atualmente, o processo de reciclagem do vidro automotivo francês é semelhante ao brasileiro e o material é reaproveitado na fabricação de garrafas de cerveja.

No Espírito Santo, Briane manteve encontros com o vice-prefeito de Vitória, Tião Barbosa, o secretário de Meio Ambiente de Vila Velha, João Ismael Nardoto e a coordenadora de Meio Ambiente do Ministério Público do Espírito Santo, promotora Nícia Sampaio, para apresentar a tecnologia.

Em São Paulo, visitou a Massfix, principal recicladora de vidros, e a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro – Abividros. “Gerard Briane retornou à França acreditando no potencial brasileiro para o setor de reciclagem como um todo, não apenas na área de vidros, em função da nova legislação brasileira que obriga a triagem e reciclagem do lixo gerado pela sociedade e empresas no país”, afirmou Kleber Carreira, sobre a visita do empresário.

Saiba mais na página do Instituto Autoglass