Confira algumas dicas de como separar no lixo objetos cortantes e perfurantes, sem comprometer a segurança dos catadores
O aumento no número de acidentes com garis vem preocupando. Os catadores reclamam da falta de conscientização da população na hora de separar o lixo doméstico.
Nos grandes centros, quase que diariamente um gari se fere com cacos de vidro, pedaços de madeira com pregos ou outros objetos perfurantes e/ou cortantes, como lâmpadas quebradas e até mesmo agulhas de seringas. São materiais principalmente mal embalados para o descarte, segundo a coordenadora de segurança da Cavo, Kelly Sayuri Nozu.
Além do risco de contaminação, os funcionários da coleta acabam se afastando do trabalho por determinação médica. O que causa a sobrecarga de serviços para o restante da equipe, pois não há substituição de mão-de-obra durante o afastamento.
Esse mau comportamento dos consumidores causa em média mais de 40% do total de acidentes de trabalho envolvendo garis.
Segundo Kelly, embrulhar cacos de vidro em jornal não basta. “Para não machucar o coletor, a população precisa procurar um material mais rígido para o acondicionamento, como latas, garrafas pet ou mesmo embalagens de leite. Os cacos de vidro podem ser embalados dentro de latinhas de leite em pó ou achocolatado. Outra possibilidade é cortar uma caixa de leite ao meio, promovendo um encaixe”, recomenda.
No alerta emitido pela Cavo, há ainda instruções sobre acidentes com pregos, “pedaços de madeira são colocados no lixo ainda com os pregos grudados e o coletor acaba pisando ou machucando a mão. A recomendação, nesse caso, é retirar os pregos da madeira e colocá-los em um recipiente rígido”.
A maior parte dos acidentes ocorre com copos e garrafas de vidros quebrados. Os coletores sempre ferem as pernas no momento em que pegam os sacos e os jogam no caminhão. Os vidros chegam a rasgar a calça jeans dos garis.
Outra dica é não utilizar a embalagem da lâmpada para descartar a queimada. São dicas simples, mas que ajudam a reduzir o número de acidentes.