Estudante comprova que disposição de folhas e galhos em uma árvore seguem famosa sequência de Fibonacci e otimizam a captação de luz solar
Um adolescente de apenas 13 anos desenvolveu uma forma mais eficiente para coletar energia solar. Tomando por base o posicionamento dos galhos de árvores e suas folhas, o estudante descobriu uma forma de organizar os painéis solares aumentando sua eficiência de captação de luz em até 50%.
O site do Museu Americano de História Natural conta que Aidan Dwyer, que atualmente está na sétima série, afirmou que sempre achou que “os galhos das árvores fossem uma bagunça”, mas ele acabou descobrindo um certo padrão de crescimento dos galhos e das folhas.
O padrão identificado por ele foi o da Sequência de Fibonacci, presente em diversas estruturas naturais, desde uma concha de um organismo marinho, até os espirais das galáxias. A sequência é formada, partindo-se de seus dois primeiros números (0 e 1), de tal forma que um número é sempre formado pela soma de seus dois antecessores imediatos. Assim, os primeiros números da sequência são:
0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89…
Aidan contou que ficou fascinado quando percebeu, que a organização das folhas e dos galhos nas ávores obedecia à Fibonacci. O estudante imaginou que este tipo de padrão de crescimento só poderia estar relacionado com uma maior eficiência na fotossíntese e, para testar sua hipótese, ele criou uma “árvore solar” com galhos feitos de PVC e seguindo a sequência Fibonacci.
Cada “folha” foi substituída por uma pequeno painel solar e, comparando com um painel solar plano – mais convencional – o garoto realmente descobriu que a eficiência pode ser até mesmo 50% maior no inverno. De acordo com ele, as posições diferentes dos painéis solares faz com que mesmo que alguns deles estejam na sombra, sempre há algum no Sol.
Isto sem contar que a árvore ocupa menos espaço físico que um painel plano e, além disso, o sistema, justamente por ser vertical, não corre o risco de ser “enterrado” pela neve e também é menos prejudicado pela chuva.
Com o experimento, Aidan Dwyer ganhou uma patente provisória do governo dos EUA, além do interesse de diversas entidades em comercializar a inovação. O projeto, que foi publicado em um ensaio, também lhe rendeu o prêmio Young Naturalist 2011. O texto completo (em inglês) está disponível na página do Museu Americano de História Natural.