Projetado para levar três pessoas, Triton 36.000 ganhou cabine em vidro borossilicato com novo design
Projetado pela empresa Triton Submarines, o Triton 36.000, foi desenvolvido para tentar levar novamente o homem ao ponto mais profundo dos oceanos, a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico, que passa dos 11 mil metros.
O local foi estudado pelos navios da coroa britânica Challenger I e II e, em 1960, por um membro da marinha dos Estados Unidos e um pesquisador, que chegaram ao fundo dos mais de 11 km da fossa marinha em um submersível. Entretanto, nestes 51 anos, mais nenhum veículo tripulado chegou a esta enorme profundidade, antes do Triton 36.000 – uma alusão à profundidade que, em pés, é de 36 mil.
O site PopSci conta que a empresa costuma fabricar submersíveis capazes de atingir profundidades de cerca de mil metros, mas nada nem próximo à profundidade da Fossa das Marianas. Para conseguir este feito, A Triton Submarines teve a ajuda da Rayotec Scientific, que desenvolveu um novo desenho para a cabine de passageiros, utilizando também um novo tipo de material.
O vidro da cabine é feito de borosilicato, um tipo de vidro que fica mais resistente com o aumento da pressão, ou seja, quanto mais fundo o submersível estiver, mais resistente é a cabine, explica o site PhysOrg. Isso até certo ponto, é claro.
O vidro borossilicato, também conhecido como refratário, é um material que possui um baixíssimo coeficiente de dilatação, o que o torna resistente à choques térmicos, suportando tanto altas quanto baixas temperaturas. Resistente também aos agentes químicos, esse tipo de vidro passou a ser usado nas vidrarias de laboratórios e industrias químicas. Mas se popularizou como travessas e utensílios para cozinha, onde foi patenteado como Pyrex.
O Triton 36.000 foi projetado para levar três pessoas e as demais tecnologias envolvendo o veículo ainda não foram divulgadas por que a patente ainda não foi liberada.
O submersível ainda passará por testes antes de descer à Fossa das Marianas – principalmente com relação à resistência à pressão que, a 11 mil metros de profundidade é equivalente a 1.100 vezes a pressão atmosférica. Mesmo assim, os seus criadores estão bastante confiantes em atingir a “Challenger Deep”, como ficou conhecido o local.
Fonte: Geek