Assim como em algumas estações de São Paulo, Metrô Rio deverá instalar portas automáticas de vidro entre a plataforma de espera e o trilho
A concessionária Metrô Rio anunciou o projeto de instalação das chamadas portas de plataforma em oito estações: Botafogo, Ipanema, Carioca, Central, Saens Peña, Pavuna, Cinelândia e Uruguai. As portas de plataforma são estruturas de vidro, com cerca de 2,5 metros de altura estendidas por toda a plataforma de espera, separando os passageiros dos trilhos.
Seu sistema pemite uma abertura sincronizada às portas dos metrôs. Se abrem quando o trem para. Se fecham quando o trem sai. As portas automáticas de vidro já são adotadas nas estações dos metrôs de algumas grandes cidades, como Londres, Paris, Hong Kong, Tóquio, entre outras, para evitar quedas de passageiros e objetos nos trilhos com a estação cheia.
“Problemas como atropelamentos e objetos que caem na linha poderão ser reduzidos a zero colocando essa barreira entre a plataforma e o trem”, explicou o diretor de operação do Metrô, Conrado Grava. Segundo ele, quanto menos interrupções nas operações do Metrô, menor será o intervalo entre os trens.
A concessionária está perto também de iniciar projeto para transformar as estações em shoppings rentáveis para a empresa e úteis para os passageiros. A inovação deverá começar pela Carioca, estação com estrutura mais adequada ao novo modelo. De acordo com a nova concepção, ao pegar o trem pela manhã, o passageiro poderá comprar lanche, jornais e revistas e ter outros serviços.
Além disso, terá acesso a produtos em lojas diversificadas. “A ideia é transformar espaços livres em shoppings práticos e de bom gosto”, explica a diretora de relações institucionais e governamentais do Metrô Rio, Rosa Cassar.
O projeto prevê a construção de lojas para serem alugadas e oferecer serviços para aumentar a receita da empresa com negócios fora da área de transporte. Atualmente, a empresa fatura 93% com transporte e 7% com outras operações. A meta é chegar perto da marca alcançada em Hong Kong, onde o metrô tem receita de 65% com o transporte e de 35% com alugueis e serviços. “Queremos criar atrativos para concentrar pessoas em torno do metrô”, resume o presidente do Metrô, José Gustavo Costa.
A substituição das roletas por outras mais modernas também faz parte dos planos para melhorar a viagem dos passageiros. Os modelos adotados devem ser os também usados em Hong Kong, que dispensa o empurrãozinho do usuário. Elas se abrem automaticamente quando o bilhete é passado no sensor.