Chamada de Evolução Silenciosa, as esculturas são criadas com pH neutro de concreto e reforçada com fibra de vidro
Localizado em Isla Mujeres, pequena ilha em Cancún, México, o artista Jason de Caires Taylor criou um incrível recife artificial de estátuas que ele chama de “Evolução Silenciosa”. Uma instalação convincente que levou vários meses para ser concluída, “Silent Evolution” incorpora um espírito que oscila entre a tristeza e o espanto, tudo ao mesmo tempo nos lembrando do intrincado relacionamento entre o homem e a natureza.
Os recifes artificiais, são um fenômeno relativamente novo, tem provado ser uma boa alternativa. Como são duráveis, os recifes artificiais se tornam um bom ambiente e podem oferecer auxílio para os naturais até eles poderem se regenerar. Com 400 esculturas em tamanho humano natural instalados nove metros abaixo do nível do mar, Silent Evolution desempenha muitos papéis, mas é sobretudo um recife artificial incentivando o crescimento da vida marinha. As esculturas são criadas com um pH neutro de concreto, reforçada com fibra de vidro, que (surpreendentemente) atrai a vida marinha. Taylor também ‘resgata’ coral danificados durante tempestades ou por seres humanos, e replanta estas em suas esculturas.
Em toda a sua beleza existe algo um pouco assustador sobre a “evolução silenciosa”. Talvez os olhos fechados, a tonalidade azul do mar no entorno, ou mesmo as emoções das esculturas sem vida. Há um forte sentimento de esperança no trabalho, embora a estrutura física das esculturas remete a impressão de que as pessoas foram amarradas juntas, as mensagens de Taylor podem ser lidas de muitas maneiras e vozes diferentes, mas o que ele faz de forma sucinta é para nos lembrar da nossa estreita relação com – e para não falar de dependência – a natureza.
Estes tipos de projetos submarinos tornaram Taylor um nome e uma reputação. Com um fundo de apelo tipo “grafitti – arte e mergulho”, Taylor desenvolveu um interesse pela relação entre a arte e o ambiente no início, e agora cria peças inusitadas que conciliam tanto longa duração e desafio intelectual. Além disso, seu posicionamento calculado nas rasas e cristalinas águas do Parque Nacional Marinho de Cancún, no México, torna a peça muito acessível a mergulhadores e turistas.
A instalação foi inaugurada no dia 27 de novembro, mas você pode acompanhar o trabalho de Taylor no Facebook e ver as esculturas se desenvolverem e “se vestirem” de coral.
Para maiores informações acesse: www.underwatersculpture.com
Fonte: O Lápis Verde