Sistema utiliza uma câmara de vidro especial e abelhas treinadas para detectar a doença no hálito do paciente.
A designer portuguesa Susana Soares desenvolveu um método fascinante para diagnosticar câncer e outras doenças utilizando abelhas e uma câmara de vidro esculpida especialmente para o processo.
O método consiste em colocar as abelhas em um recipiente de vidro composto por dois compartimentos: um maior, onde as abelhas são colocadas, e outro menor, por onde o paciente irá assoprar. O paciente expira dentro do vidro e, caso possua a doença, as abelhas voam para o compartimento menor.
Segundo a designer, o segredo do método está no fato de que essas abelhas foram treinadas para detectar a doença no odor do hálito do paciente. E descobertas recentes comprovaram que as abelhas possuem um olfato mais aguçado que de um cão farejador.
De acordo com os cientistas, as abelhas podem ser treinadas em questões de minutos para detectar odores químicos específicos, incluindo os associados com doenças como a tuberculose e os cânceres de pulmão, pele e pâncreas.
“As abelhas podem ser treinadas em 10 minutos”, explica Soares. Basta expor os insetos a um determinado odor e, em seguida, alimentá-los com uma solução de água e açúcar. Desta forma, eles criam uma relação de recompensa alimentar, a mesma fórmula utilizada pelos treinadores de cães. O dado triste é que as abelhas vivem apenas seis semanas, em média.
O projeto foi apresentado durante a Dutch Design Week 2013, na Holanda, e de acordo com sua criadora, o sistema poderia beneficiar instituições de caridade com um serviço de baixo custo para diagnosticar precocemente a doença, principalmente nos países pobres.
Fonte: Dezeen