O artista britânico Luke Jerram esculpe com riqueza de detalhes diversos vírus em vidro. Hoje, suas premiadas esculturas são utilizadas pela comunidade científica.
Famoso por suas inusitadas esculturas em vidro, o artista plástico Luke Jerram vem colecionando prêmios pela sua série “Glass Microbiology” (microbiologia em vidro, em inglês).
As peças reproduzem com riqueza de detalhes uma variedade de vírus e bactérias, tais como varíola, influenza e HIV, todos feitos artesanalmente em vidro soprado incolor, e seus núcleos, representados por estruturas espirais de vidro leitoso.
O artista inglês desenvolve esta coleção de microorganismos desde 2004, como forma de representação alternativa das imagens equivocadas de vírus coloridos, divulgadas pela mídia.
De fato, os vírus não têm cor, uma vez que são menores do que o comprimento de uma onda de luz visível. Jerram, que é parcialmente daltônico, reclama do fato de jornais científicos colorirem as imagens de vírus e bactérias, criando uma ideia errada de como realmente são.
Suas esculturas, segundo ele, estão sempre em seu “estado natural incolor”. Jerram confere seus esboços com um virologista, o Dr. Andrew Davidson da Universidade de Bristol (Reino Unido). As peças são criadas em uma escala de aproximadamente 1:1.000.000, com relação ao tamanho real dos vírus.
Já o trabalho artesanal em si é feito em colaboração com três profissionais: Kim George, Brian Jones e Norman Veitch, todos habilidosos sopradores de vidro.
Hoje, imagens de suas obras são exploradas pela comunidade científica como representação destes microorganismos, ilustrando revistas, livros e jornais especializados.