A viscosidade de um fluído é basicamente uma medida de quanto ele gruda
Por: Mauro Akerman – Escola do Vidro
A viscosidade de um vidro é uma de suas mais importantes propriedades sob o ponto de vista da tecnologia empregada na elaboração e conformação do vidro. Ela determina as condições de fusão, temperaturas de trabalho e recozimento, comportamento na afinagem (remoção de bolhas do banho), temperatura máxima de utilização e taxa de devitrificação. A viscosidade varia enormemente com a composição e temperatura.
A temperatura máxima de fusão é determinada como sendo aquela na qual o vidro que esta sendo elaborado atinja uma fluidez tal (fluidez é o contrário de viscosidade) que permita a retirada de bolhas e homogeneização química necessária para o produto. Para o início da conformação, a viscosidade deve ser tal que permita a deformação do vidro sem grandes esforços, mas também, não pode ser muito baixa(como a água por exemplo) de maneira a preservar a forma adquirida. Ao final da conformação, a viscosidade deve já estar num nível tal que seja mantida a forma final da peça.
Nos processos automáticos e contínuos empregados na indústria vidreira, as máquinas de conformação devem ser alimentadas com vidro de viscosidade constante, sob pena de ocorrerem variações dimensionais e outros defeitos. Os vidreiros devem, portanto, ter um bom domínio sobre os fatores que afetam a viscosidade do banho, além de adequar a curva viscosidade X temperatura às condições reais de conformação (capacidade de esfriamento durante a conformação e tempo mecânico de conformação).