Na cidade de Marinha Grande, uma das regiões mais tradicionais do vidro, vidreiro português mantém acesa a chama desta arte forjada no fogo
Famosa por sua enorme tradição na indústria vidreira, a cidade portuguesa de Marinha Grande, se lançou no cenário do vidro no século XVIII, após a transferência da Real Fábrica de Vidros para a cidade, em 1748.
Lá, os vidreiros encontraram as condições geográficas favoráveis ao seu estabelecimento, desenvolvendo paralelamente à indústria um forte comércio de artesãos de vidro que, se mantém até hoje, passando de geração em geração.
E foi justamente esta a cidade escolhida por Adriano Mesquita para abrigar seu ateliê. O artista conta que iniciou sua jornada em 1952, com antigos mestres vidreiros marinhenses que, o ensinaram a delicada arte de moldagem de vidro no fogo, utilizando maçarico e pequenos utensílios.
O resultado é uma multiplicidade de modelos em vidro de pequenas dimensões: adornos, bijuterias, utilitários e até esculturas miniaturas, como animais e flores.
Desde 1980 participa de inúmeras exposições e feiras de artesanatos, nacionais e internacionais. Em suas apresentações, além de expor estas pequenas obras, que podem ser adquiridas, o artista demonstra esta técnica milenar da arte vidreira.
O processo
Segundo Adriano Mesquita, sua arte se resume em manipular as pequenas peças de vidro com o fogo e conciliar vidros de diferentes cores e composição química, o que requer muita perícia na modelagem e proporção.
O vidro utilizado na confecção destas pequenas peças decorativas e utilitárias, apresenta-se sob a forma de um bastão. Sob a chama quente de um maçarico – entre 900º e 1000º – e o toque através de pequenos utensílios, estes bastões de vidro vão ganhando formas e cores.
Boa noite Sr adiano.
O sr. vende bola de peso de papel?