Há 16 anos trabalhando com Fusing no Brasil, artista vem estudando a logística reversa do vidro junto às cooperativas de catadores
O prazer pela arte veio ainda na infância, Rosangela conta que cresceu dentro de uma fábrica de luminárias e brindes feitos em vidro, onde seu pai era proprietário.
E desse convívio familiar com a arte em vidro, surgiu o interesse pelo estudo de várias formas de artes aplicadas e desenho artístico, como a Escola Panamericana de Arte, Faculdade Armando Alvares Penteado, Istituto d’Arte di Firenze Lorenzo de’ Médici e Palazzo Spinelli.
Em 1990 na Inglaterra, a artista se envolveu com a cerâmica, fazendo alguns workshops que acabaram por guiá-la para o universo do vidro, se especializando na Westminster College, com as artistas Keiko Mukaide, Gayle Matthias e workshop com o artista Frank Van Der Ham.
Há 16 anos, Rosangela vem trabalhando com o Fusing no Brasil. Em 1996, após montar sua oficina em Florianópolis, a artista passou a desenvolver suas próprias peças e moldes, produzindo objetos decorativos e utilitários em vidro, como portas/janelas e painéis, bijoux, puxadores, luminárias e brindes.
Atualmente, ela vem se dedicando à divulgação da importância do vidro através do projeto “escolas no atelier do vidro”, como parte do contexto escolar, e onde os alunos podem ter a oportunidade de conhecer melhor a história, composição e transformação do vidro, através da elaboração de alguns trabalhos.
Ao longo desse projeto Rosangela pode perceber nas oficinas, o interesse, dedicação e satisfação de cada um, fazendo deste, um momento único, não importando a idade, sexo, grau de instrução e diferenças, tão pouco o foco principal, estético, técnico e/ou ambiental.
A partir dessas oficinas começou a pensar em estender e ampliar esse projeto para associações e/ou cooperativas. Foi então que cursou Tecnologia em Gestão de Cooperativas e atualmente está em fase de conclusão de um Estudo de Caso baseado numa Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis, de Florianópolis.
Nesse estudo, a artista vem pesquisando a vida desses catadores e qual a real trajetória reversa do vidro junto à cooperativa. “Ao passo em que a pesquisa avança obtenho a confirmação da necessidade de agregar valor ao vidro, como forma de geração e aumento de renda, bem como a inclusão social através de oficinas de vidro fusão para os cooperados, onde estes poderão aprender todo o processo de produção, através da própria coleta de vidro descartado e assim garantirem a auto-sustentação”, explica.
Sua meta quanto a esse novo projeto para os catadores de materiais recicláveis, é torná-lo viável num futuro próximo, o qual trará mais ênfase aos projetos escolares na área da reciclagem, como também o devido valor do trabalho de coleta dos catadores, diante dos estudantes.
Saiba mais sobre sua arte através de sua página na web rosangelagiuntini.blogspot.com