Inspirada nas tradicionais lanternas japonesas, sua fachada em tijolos de vidro é esteticamente agradável e inovadora
O edifício é propriedade do império de luxo francês de Jean-Louis Dumas e sede da varejista Hermès, uma empresa famosa por suas luxuosas bolsas de mão e vestuário. Os 6.000 m² de construção contém espaço comercial, oficinas, escritórios, espaços de exposições e áreas de multimídia, além de um belo jardim no terraço.
Localizado no distrito comercial de Ginza, em Tóquio, uma das áreas comerciais mais exclusivas e caras no Japão. Entre as muitas fachadas iluminadas por luzes de néon, surge um prédio magro, mas elegante, com 45m de comprimento e 11m de largura, se destacando por sua estrutura clássica e inovadora. Sua fachada, feita inteiramente de tijolos de vidro de 45cmx 45cm, é tanto esteticamente agradável, quanto tecnologicamente inovadora.
A intenção do arquiteto Renzo Piano, responsável pelo projeto, foi de recriar uma “lanterna mágica”, inspirada nas tradicionais lanternas japonesas. Durante o dia, a fachada translúcida dá uma dica do que está para além dela, os eventos e objetos ficam embaçados pela espessura do bloco de vidro e à noite, o prédio inteiro brilha por dentro. No exterior, ao nível dos olhos, a fachada de tijolo de vidro é pontuada por alguns tijolos transparentes, permitindo visualizar algums produtos da Hermes.
A fachada é toda envolta pelos tijolos de vidro, inclusive nos cantos, que se curvam para o perfeito assentamento dos tijolos. A entrada da loja é demarcada por vidro liso, destacando-se do restante da fachada.
A cortina de vidro formada pelos tijolos possui dupla função. Atenua os ruídos constantes da cidade, através do isolamento acústico proporcionado pela própria característica do material, criando uma atmosfera serena no interior e permite uma iluminação natural através da semi transparência do vidro que compõe os tijolos.
O edifício é inovador não só na fachada, mas também na maneira em que se aplica sistemas tradicionais anti-sísmico utilizados no Japão aliados à sua estrutura moderna. A estrutura do edifício é constituído por aço flexível, estrategicamente articulado por amortecedores, a partir dos quais andares apoiam a fachada de vidro suspensa. Terremotos podem se mover por deslocamentos pré-definidos que qualquer deformação é uniformemente distribuída em toda a sua estrutura.
O prédio abriga também espaço para exposições
Exposição do artista japonês Kohei nawa, conhecido por suas idéias de ‘pele’ e ‘células’. Sua série pixcell, que retrata novas formas táteis de objetos utilizando contas de vidro, reproduz animais empalhados, sapatilhas, instrumentos musicais, brinquedos e frutas.
São inúmers grânulos de vidro transparentes formando uma nova interface entre os objetos e nossa percepção. “Eles são feito “células” que deformam as nossas memórias táteis e as noções visuais convencionais que temos destes objetos. O show é intitulado “L_B_S”, que representa as três fases do crescimento celular da pele.
Nawa nasceu em Osaka, no Japão, em 1975. Ele se formou na Universidade de arte na Cidade de Quioto e se tornou Ph.D. em artes plásticas e escultura. Hoje ele vive e trabalha em Kyoto, no Japão.
Vitrine de Natal da Hermés
Nada de árvores ou bolas de Natal. A vitrine de final de ano da Hermès de Tokio, apesar de visivelmente minimalista, se tornou símbolo de originalidade e tecnologia. Elaborada pelo designer Tokujin Yoshioka, a instalação conta com uma animação de alta tecnologia, onde os lenços da marca interagem com animações digitais.