Proeza da engenharia em vidro e metal, matriz da emissora é um complexo com duas torres inclinadas conectadas por duas enormes seções no ar
Em um projeto audacioso e arrojado, assinado pelos renomados arquitetos Ren Koolhaas e Ole Scheeren, sócios do OMA (Office for Metropolitan Architecture), surge um dos projetos arquitetônicos mais polêmicos dos últimos anos, a sede da emissora estatal chinesa CCTV (China Central Television), em Pequim, composta por duas torres envidraçadas e inclinadas, de estrutura totalmente metálica, com 230 metros de altura e 54 andares.
O edifício principal não é uma torre tradicional, mas um circuito de seis seções horizontais e verticais, abrangendo 473.000 m² de espaço, criando uma grade irregular na fachada do edifício com um centro aberto. A construção é considerada um desafio estrutural, especialmente porque ele está em uma zona sísmica.
O conjunto assemelha-se a um gigantesco portal, que brinca com a gravidade num misto de desafio e despreocupação, e que nesse jogo se auto-sustenta através da ligação invertida na base e topo das duas torres inclinadas a 60º, desenvolvidas em planos reversos.
Numa das torres localiza-se a sede propriamente dita, onde funciona a produção e a administração, enquanto a outra agrega hotel, teatro, centro de exposições e visitações. A obra foi avaliada em torno de 750 milhões de dólares.