Pé-direito duplo em ambientes amplos e vítreos

Grandes medidas entre piso e teto valorizam os ambientes e permitem que arquitetos abusem do vidro

Living com pé-direito duplo projetado pelo arquiteto Marc Canadell
Living com pé-direito duplo projetado pelo arquiteto Marc Canadell

A ideia de ultrapassar medidas e levá-las às alturas, se consolidou como um dos recursos espaciais mais bem quistos na composição arquitetônica. Não é à toa que o uso do pé-direito alto ou duplo é cada vez mais explorado por arquitetos e decoradores.

O pé-direito, termo que define a altura entre o piso e o teto, tem medida padrão de 2,5 a 2,8 metros de altura. Entre 3 e 4,5 metros de altura, ele é considerado alto. A partir de 5m, leva o nome de duplo, e quando a medida chega à marca de 8,4m, ele é considerado triplo.

O emprego do pé-direito fora do padrão (duplo ou triplo) se encaixa em edificações que tenham boas proporções dos espaços, pois em áreas muito pequenas, este recurso pode tornar o ambiente incoerente com a escala das pessoas e dos objetos”, explicam os arquitetos Ricardo Makhoul e Alessandro Cavalcanti.

Para a dupla, a proposta do pé-direito alto tem como principais características o trabalho estético e a preocupação com a funcionalidade. ”É possível criar ambientes mais arejados e possibilitar o uso de maiores panos de vidro ou aberturas, que iluminam mais os espaços sem incidir diretamente sobre os usuários”, diz Ricardo.

Quanto ao apelo estético, vale ressaltar que onde há disposição de um ou mais pavimentos, é possível explorar os vãos com a colocação de telas, objetos de arte, além de materiais como pedras, palha, tijolos e papel de parede. ”Tais materiais proporcionam aconchego e sofisticação aos ambientes e imprimem uma identidade e personalidade ao projeto”, afirmam Luciana Régnier e Luciano Bachete.

Em relação ao uso, o pé-direito alto pode ser empregado tanto em casas quanto em apartamentos e áreas comerciais. ”Porém, percebo que essa tendência vem acontecendo muito em apartamentos, onde o uso de mezaninos é cada vez mais explorado esteticamente, pois garante charme e beleza”, diz Luciana.

Porém, algumas considerações são indispensáveis, como a importância da proporção entre o tamanho do ambiente com a altura do pé-direito, a precaução de instalar áreas de proteção (parapeito) para evitar acidentes e a possibilidade de mesclar luminárias instaladas no forro com as de altura mediana ou mais baixas, a fim de auxiliar na manutenção.

Projeto do escritório Dick Clark Arquitetura
Amplos painéis de vidro conferem luminosidade - Projetado por Dick Clark Arquitetura

Living com pé-direito duplo
Living com pé-direito duplo - Neste ambiente vidro, pedra e madeira se unem mesclando rusticidade e transparência

Living com pé-direito duplo
Living com pé-direito duplo - Empreendimento Campo D’ourique em Cuiabá

Living com pé-direito duplo
Living com pé-direito duplo - Grand Líder Olympus em Vila da serra - MG

Mezanino com pé-direito duplo
Mezanino com pé-direito duplo

Living com pé-direito duplo - Empreendimento Olympus - Cronos e Gaia
Living com pé-direito duplo - Empreendimento Olympus - Cronos e Gaia

Living com pé-direito duplo
Living com pé-direito duplo - Empreendimento Riviera de ponta negra - MANAUS

Living com pé-direito duplo - Riviera de ponta negra - MANAUS
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Living com pé-direito duplo - Santa Mônica Jardins
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Fonte: bonde