O prédio idealizado todo em vidro busca a forma de uma nuvem. Espaço terá museu de arte com exposições permanentes e temporárias
Prevista para ser concluída em 2013, o projeto da Fundação Louis Vuitton, na pacata Bois de Boulogne, em Paris, reforça a associação da gigante francesa do luxo com o mundo da arte.
O nascimento desta fundação está em linha com o compromisso de 15 anos da LVMH Moët Hennessy – Louis Vuitton, em promover paralelamente a arte e a moda, através de exposições e agora cravejando de vez um lugar permanente da marca no mundo da art déco, revelando um surpreendente espaço assinado pelo arquiteto Frank Gehry, que mesmo aos 82 anos de idade, possui a capacidade de se reinventar.
Com a missão específica da entidade ainda incerta, o foco se volta mesmo para a complexa arquitetura do Sr. Gehry, definida por um exterior multifacetado, que faz lembrar outos famosos projetos do arquiteto, como o Museu Guggenheim, em Bilbao, na Espanha, e o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles. Com uma grande diferença, ao invés de titânio, o novo edifício será todo revestido por vidro, trazendo uma certa leveza ao conjunto.
“A ideia é de uma nuvem feita de vidro”, disse Gehry, em uma entrevista coletiva na luxuosa sede da LVMH. “O projeto é um sonho, então a idéia é criar um sonho”. O arquiteto, que já viveu na França, explica sua motivação pelo projeto justamente por reconhecer a habilidade francesa em trabalhar o vidro na arquitetura, tornando difícil a tarefa de supreendê-los.
O complexo contará com 150 metros de comprimento, 40 metros de largura, 46 metros de altura, e ao todo, serão utilizados 13.500 m2 de vidro. A obra foi recomeçada após uma interrupção causada pela associação de moradores que se manifestou contra a mega construção na pacata Bois de Boulogne.