Confira algumas dicas de como especificar a esquadria certa para sua construção, avaliando itens como manutenção, durabilidade, custo e estética
A escolha da esquadria da janela é fundamental para completar o estilo da casa. Muitas pessoas ficam em dúvida no momento de definir o material, mas além da estética, é preciso avaliar itens como a manutenção, a durabilidade e o custo.
“As esquadrias de alumínio compõem um estilo mais contemporâneo e moderno. Já a madeira imprime um ar mais bucólico ou rústico à fachada”, comenta a arquiteta Daniela Cristófani.
No clima de Ribeirão Preto, as janelas de madeira acabam perdendo a beleza com mais rapidez devido ao tempo, mesmo com a evolução na qualidade dos vernizes. “O sol intenso, estações secas e úmidas bem determinadas exigem a manutenção constante para mantê-la bonita, gerando um custo anual”, explica Daniela. A madeira se movimenta com a umidade e se retrai durante os períodos secos, o que pode acabar comprometendo até mesmo o funcionamento da janela. “Ela pode emperrar e gerar desconfortos”, diz.
Uma boa opção são as esquadrias em madeira de demolição. Mas o projeto dos vãos precisa se adequar ao número de peças encontradas. “É possível colocá-las em destaque e mesclar com outro tipo de madeira”.
Esquadrias de madeira cortadas artesanalmente ou em modelos mais personalizados chegam a ter um valor cerca de 30% superior às de alumínio. Já os modelos industrializados se equiparam em termos de valores.
Além de sua aplicação ser mais trabalhosa, a madeira exige mais de um tipo de mão de obra. “Chumba-se o batente cru, o assentador coloca a peça e, por último, ainda há o tratamento da madeira”, explica Daniela. Mas o mérito do seu visual se torna essencial para compor o estilo em residências rústicas, em casas de campo ou de fazenda.
Alumínio
As esquadrias de alumínio têm cada vez mais espaço nos projetos residenciais, principalmente, em condomínios, por não exigir manutenção, possibilitar grande vãos de vidro e boa vedação. “O custo do material caiu bastante nos últimos anos e hoje a gama de modelos e cores é maior. Fatores que facilitam seu uso”. A arquiteta cita, por exemplo, que a escolha do alumínio em marrom pode tirar um pouco da característica ‘fria’ do material e aproximar um pouco o visual ao da madeira.
Nas janelas de alumínio se instala o contra-marco chumbado na alvenaria ainda durante a obra e, depois, é só aplicar a peça já pintada. Uma limitação do material são os modelos. Como as peças são encaixadas, não se consegue trabalhar desenhos diferenciados.
Uma ótima possibilidade é a janela totalmente em vidro temperado que, hoje possui um custo equiparado ao das antigas janelas de alumínio. Mas Daniela ressalta que, apesar de apresentar um visual bem clean, a vedação é menor. Tornando-se necessário em alguns casos o uso de perfis de vedação, para fechar possíveis frestas nos transpasses dos vidros.
Fonte: A Cidade