Inaugurado nos EUA, espaço com salas de concertos e apresentações simboliza o eforço de revitalização de uma região industrial
O centro cultural Kauffman Center for the Performing Arts, assinado pelo arquiteto israelense Moshe Safdie, foi inaugurado em Kansas City, nos Estados Unidos. Com 87 mil m² de área total, o espaço marca o início de um processo de revitalização da região, que é formada basicamente por galpões industriais.
O novo centro de entretenimento se destaca pelas formas curvas e articuladas na face norte, que distinguem as duas salas de concerto do espaço, o Muriel Kauffman Theatre e o Helzberg Hall, e pela imponente fachada em pele de vidro na face sul.
A face norte do edifício, voltada para o centro da cidade, apresenta uma série de paredes em arco, revestidas em aço inox, que se elevam do chão como uma onda. De seu topo, ao sul, uma cobertura de vidro estrutural se conecta com a fachada também envidraçada.
Ao todo foram consumidos mais de 12 mil m² de vidro e 27 cabos tensionados, responsáveis por ancorar a fachada e a cobertura envidraçada. A estrutura de vidro frontal possui 20 metros de altura por 100 metros de largura, fornecendo ao local vistas panorâmicas da cidade de Kansas.
A fachada e a cobertura de vidro também são responsáveis pela união dos dois blocos, que abrigam as duas salas de concerto, que se conectam por um salão em formato de tenda, criado pelo desenho da fachada envidraçada. o invólucro transparente define o centro compartilhado dos espaços públicos, com uma série de praças internas que oferecem belas vistas da região.
Os locais irão compartilhar as instalações dos bastidores, incluindo os camarins para mais de 250 artistas, bem como onze salas para ensaio e aquecimento. O Parque do Kauffman Center, com cerca de 20.000 metros quadrados, será usado para performances ao ar livre e como um espaço de reunião pública. O centro foi projetado de forma que possibilitasse uma futura expansão ao longo do lado leste do edifício.
Uma das salas de concerto tem capacidade para 1,6 mil pessoas e a outra comporta 1,8 mil espectadores. O arquiteto criou para a sala menor um espaço que permite a disposição dos assentos em volta da área da apresentação. Já a sala maior segue o conceito comum.
Segundo Safdie, cada sala é caracterizada como um volume distinto e pode ser visto também pelo lado de fora durante a noite. O acesso aos diferentes níveis das salas é feito por estruturas de corredores em concreto na cor branca. Ao todo, a construção custou US$ 304 milhões e foi realizada em quatro anos.
Fonte: Portal EA