Em linhas minimalistas, a residência exibe pouca variedade de materiais e espaços amplos e integrados que estimulam a convivência e enquadram a paisagem.
O conceito pensado pelo escritório Denise Macedo Arquitetos Associados para este projeto residencial de 1.110 m² em Nova Lima, Minas Gerais, partiu da enorme vocação que esta casa teria como espaço de contemplação.
Primeiramente a construção teria o objetivo de expor um considerável acervo de arte contemporânea e, em segundo lugar, sua fachada deveria trazer a bela vista dos vales e montanhas da região para dentro de todos os ambientes: quartos, banhos, salas, escritório e, principalmente, a cozinha, pois a gastronomia é um grande foco de interesse do proprietário.
Portanto o projeto deveria atender e harmonizar duas importantes necessidades: paredes de alvenaria para a exposição das obras e amplas fachadas de vidro para que a paisagem externa adentrasse na casa.
Para as obras de arte foi criada uma galeria com 14 metros de profundidade e em pé-direito duplo com 6 metros de altura, oferecendo uma área de exposição de 190 m². Uma rampa com 28 metros de extensão foi especificada no local, facilitando a circulação pelas obras.
A escolha de materiais e acabamentos teve como objetivo evitar interferências à exposição das obras e ao traçado arquitetônico, marcado pela estrutura metálica aparente vedada por grandes painéis de vidro.
Para driblar interferências foi escolhido o piso de cimento queimado. A definição do mobiliário foi norteada pelo mesmo conceito. As peças foram escolhidas pela sobriedade e elegância das cores e do design, seguindo a coerência que norteou todo o projeto.
Fonte: ArchDaily
Fotógrafo: Gustavo Xavier