Na busca por integração e fluidez dos espaços, casa no guarujá ganha pé direito duplo e amplos panos de vidro
Os proprietários de um terreno de 2 mil m2 no Guarujá, litoral de São Paulo, tinham em mente uma casa com ares informais. O jovem casal com três filhos adolescentes queria um espaço onde a convivência fosse colocada em primeiro plano. “A solicitação era para que a casa tivesse grande integração visual entre os ambientes. Dessa forma, a fluidez dos espaços foi o conceito que norteou o projeto”, conta a arquiteta Marí Aní Oglouyan.
Imponente, a obra levou 18 meses para ficar pronta e, olhando de longe, ficou parecida com uma caixa de vidro, permanentemente banhada pelo sol. Depois de subir a alvenaria tradicional, grandes painéis foram fixados pelo sistema “spider”, que permite uma interferência menor de outros materiais na composição. Persianas automatizadas controlam a luminosidade.
Com pé-direito que chega a 6,80 m e arquitetura que privilegia linhas retas e exatas, a residência conta com 15 cômodos distribuídos em dois pavimentos e uma área de lazer com quadra, piscina, academia, spa e churrasqueira gourmet.
O ponto alto são as aberturas generosas, tanto para a parte externa como entre os ambientes de circulação social. “Caixilhos pivotantes de 6,40 m de altura na sala de lareira e portas de correr que se abrem quase que completamente nas salas de estar e na cozinha foram determinantes para atingir o objetivo de integrar os espaços pretendidos”, diz Marí Aní.
No hall, um espelho-d’água chama a atenção. “A ideia foi dos proprietários, que viram um semelhante em um resort na Indonésia”, conta a arquiteta. Executada como se fosse uma piscina, a estrutura recebe a água por um rasgo na parede revestida de canjiquinha.
A sustentabilidade também foi levada em consideração. A casa conta com reaproveitamento de água de chuvas para irrigação, miniestação de tratamento de esgotos, aquecimento solar e sistema de exaustão nos caixilhos superiores que minimiza o uso de ar-condicionado.
“O principal desafio foi conciliar os grandes espaços com a escala humana, deixando os ambientes aconchegantes e funcionais”, revela Marí Aní. A estética minimalista se fez necessária diante da magnitude e da transparência do vidro. Logo, o mobiliário é enxuto.
O mesmo conceito foi empregado na escolha dos revestimentos, a maioria com cores claras e de fácil conservação e limpeza. Os pisos ganharam mármore crema marfil, porcelanato e quartzito. As bancadas da cozinha foram feitas em granito e os caixilhos, em alumínio com anodização inox.
Para tornar a casa mais aconchegante, alguns ambientes receberam materiais diferenciados, como canjiquinha de mármore no hall de entrada e no lavabo, madeira de demolição na fachada e na porta principal, tijolos de demolição no spa e teca nas bancadas de refeição.
Serviço
Revestimentos e interiores: Marí Aní Oglouyan/ Oglouyan & Associados Arquitetura
Arquitetura: Carlos Pardal
Paisagismo: Caterina Poli e Sérgio Menon
Mobiliário: A Lot Of, Empório Vermeil, Kitchens, Dpot, Saccaro, Tora Brasil, Kartell, Mac, Breton, Eletrodomésticos: Viking
Climatização: Linear Ar Condicionado
Cortinas e persianas: Casa Mineira
Tapetes e carpetes: Phenicia
Esquadrias e ferragens: Tecnofeal
Vidros e espelhos: AZV Vidros
Iluminação: La Lampe
Acessórios e objetos decorativos: Arrivato
Obras de arte: Luiz Caribé
Marcenaria: Companhia da Madeira
Louças: Deca
Metais: Metalbagno
Armários: Ornare
Madeira de demolição fachada: Antigão Demolições
Churrasqueira e lareira: Construflama
Cubas e tanques inox: Mekal
Revestimentos: Mazzola, Jatobá e Pedras Morumbi
Fonte: Portal Casa e Cia