Desde a década de 1970, as fachadas de vidro refletivo são vistas como símbolo de status para grandes edifícios comerciais, repetindo o padrão estético predominante nas grandes cidades norte-americanas. Mas há alguns anos o avanço no setor de esquadrias de alumínio e nas tecnologias aplicadas ao vidro vêm barateando e tornando possível a especificação das chamadas fachadas pele de vidro em residências e obras de pequeno porte.

Nas primeiras construções desse tipo no Brasil, os vidros refletivos utilizados eram muito diferentes dos atuais e não apresentavam propriedades térmicas adequadas a esse tipo de uso, o que transformou muitos prédios em verdadeiras estufas. Com a função principal de barrar o calor sem afetar a iluminação, foram criados os vidros laminados de controle solar. Além de uma alternativa sustentável, essa nova tecnologia em vidro trouxe alto desempenho e leveza nas edificações. Nas versões atuais, diminuiu-se o aspecto espelhado.

Pode-se encontrar no mercado diferentes tipos de vidro de controle solar: incolor, coloridos, refletivos e de baixa reflexão, sendo que estes últimos se dividem em seletivos e de alta seletividade. A definição do mais adequado para cada projeto vai depender de alguns fatores, como a escolha da cor e o tamanho da área envidraçada, seguidos pela performance térmica e luminosa desejada. Vale ressaltar que os vidros laminados de controle solar bloqueiam até 99% dos raios UV e até 80% do calor solar, minimizando o desbotamento de tecidos no interior dos imóveis, sem interferir no crescimento de plantas.

Elemento de integração dos espaços, o vidro, com suas especificidades, perdeu definitivamente o papel de material de construção coadjuvante para auxiliar em aspectos mais tecnológicos, além de suas já conhecidas funções de luminosidade, ventilação e conforto termoacústico.