Cortina de Vidro sem Roldanas
A tendência de projetos arquitetônicos integrados, na qual cada vez mais varandas vêm se transformando em uma espécie de extensão da sala, fomentam o mercado de envidraçamento de varandas, também conhecido como sistema cortina de vidro. Nele, todos os vidros se abrem lateralmente para as extremidades, como se fossem persianas, conferindo uma abertura total do vão, além de uma enorme sensação de continuidade visual e espacial.
Mas recentemente, o lançamento do sistema Cortina de Vidro sem Roldanas agitou novamente esse mercado tão competitivo, fazendo grandes empresas como a DuPont e outros gigantes do setor voltarem sua atenção para o desenvolvimento dos chamados polietilenos de alto peso molecular (UHMW) direcionados ao setor vidreiro.
O segredo do sistema Cortina de Vidro sem Roldanas está justamente na utilização desses polietilenos de alta densidade e com baixo coeficiente de atrito no lugar das roldanas, que anteriormente trabalhavam penduradas, sustentando todo o peso dos vidros, gerando uma grande demanda de regulagem e manutenção, principalmente em regiões litorâneas, que sofrem com a maresia.
Já no novo sistema, os vidros deslizam totalmente apoiados sobre perfis de alumínio repousados sobre esses polietilenos. O peso molecular extremamente elevado proporciona a esse material, além de excelentes propriedades mecânicas, uma viscosidade tão alta no estado fundido que o seu coeficiente de atrito aproxima-se de zero. A manutenção é praticamente inexistente pois os componentes não sofrem desgastes com o uso diário e os painéis de vidro podem ter até 3200 mm de altura e 650 mm de largura, conforme norma.
Por não apresentar esquadrias verticais, é adequado em edificações onde as convenções regulamentam as decisões de alteração da fachada. Nesse caso o sistema normalmente é especificado em vidro incolor de 8 mm temperado, que praticamente não influencia na estética das fachadas.