O arquiteto derrubou todas as divisórias do apartamento e ergueu paredes móveis de vidro fosco e aço escovado, capazes de esconder ou criar novos cômodos
O apartamento Transformer, foi idealizado pelo arquiteto chinês Gary Chang, morador do imóvel há 30 anos. Na tentativa de contornar um típico problema de imóveis em Hong Kong, que pela alta densidade demográfica possui uma tendência à espaços cada vez mais compactos. Chang resolveu recriar seu apartamento de cerca de 30 metros quadrados em um espaço com 24 ambientes mutáveis, através de cenários funcionais.
A partir do encaixe e desencaixe de paredes móveis, surgem novos cenários, enquanto outros desaparecem. Ganha quem descobrir como revelar os 24 ambientes do apartamento de 30 metros quadrados no distrito de Sai Wan Ho. O projeto demorou um ano para ser elaborado e executado e contou com investimento de dois milhões de dólares de Hong Kong (R$ 400 mil). Chang venceu os limites convencionais da arquitetura por pura necessidade e criatividade.
– Hoje moro sozinho, mas minha família inteira já residiu nesse apartamento, incluindo, além de mim, meus pais e minhas três irmãs mais novas. E houve uma época em que ainda alugávamos um dos quartos para um estrangeiro, porque precisávamos de ajuda financeira. A convivência com muitas pessoas num imóvel compacto me estimulou a criar esse jogo com os ambientes, através de cenários funcionais.
O apartamento, com vista para um conglomerado de edifícios pouco atraentes, está localizado numa região de alta densidade populacional da cidade chinesa. A planta original incluía três cômodos, uma tipologia bem típica em Hong Kong.
Para começar, o arquiteto derrubou todas as divisórias do apartamento. Em seu lugar, ergueu paredes móveis, de vidro fosco e aço escovado, capazes de esconder ou criar novos cômodos, sem esforço.
As estantes multifuncionais também são peças chaves na criação dos múltiplos ambientes. De um lado, funcionam como biblioteca. De outro, assumem a função de cozinha. São essas inovações que dão início ao jogo do arrasta, abre, puxa e fecha. Quando se empurra uma parede, surge um quarto ou uma cozinha. Se precisar do closet, basta arrastar uma das divisórias, a mesma que esconde uma banheira.
Esta peça de banho, inclusive, pode ser transformada numa cama extra. Basta fechar o seu tampo forrado de espuma e algodão. Nessa brincadeira, é possível ter ao mesmo tempo cinco ambientes, pelo menos. O único cômodo que não sai do lugar é o banheiro.
Fonte: O Globo
O também popularmente conhecido como “apertamento”, com vista para um conglomerado de edifícios pouco atraentes, está localizado numa região de alta densidade populacional da cidade chinesa. A planta original incluía três cômodos – pasmem! -, uma tipologia bem típica em Hong Kong.
Para começar, o arquiteto derrubou todas as divisórias do apartamento. Em seu lugar, ergueu paredes móveis, de vidro fosco e aço escovado, capazes de esconder ou criar novos cômodos, sem esforço.
As estantes multifuncionais também são peças chaves na criação dos múltiplos ambientes. De um lado, funcionam como biblioteca. De outro, assumem a função de cozinha. São essas inovações que dão início ao jogo do arrasta, abre, puxa e fecha. Quando se empurra uma parede, surge um quarto ou uma cozinha. Se precisar do closet, basta arrastar uma das divisórias, a mesma que esconde uma banheira.
Esta peça de banho, inclusive, pode ser transformada numa cama extra. Basta fechar o seu tampo forrado de espuma e algodão. Nessa brincadeira, é possível ter ao mesmo tempo cinco ambientes, pelo menos. O único cômodo que não sai do lugar é o banheiro.