A Norsa Refrigerantes implementou garrafas retornáveis de vidro com um litro de Coca-Cola em resposta à queda das vendas
Depois de recuperar resultados de venda por meio do porta a porta, a Norsa Refrigerantes, que faturou R$ 1,28 bilhão engarrafando e distribuindo Coca-Cola no Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia, prevê investir, de 2010 a 2012, cerca de R$ 307 milhões, só na Bahia. Em 2009 foram aplicados R$ 60 milhões na venda porta a porta, o que levou os vendedores a procurar pequenos armazéns no sertão do nordeste brasileiro para saber o motivo da queda de vendas ou da recusa ao produto em locais afastados. O diretor administrativo da Norsa, Luiz Collier, percebeu que o problema era o tamanho da embalagem PET, que encarecia o produto.
“Foi neste momento que tivemos a ideia de implementar garrafas retornáveis de vidro com um litro de Coca-Cola. Na primeira compra o consumidor paga, em média, R$ 2,50, pois ainda não possui a embalagem. Na segunda vez em que ele adquire o produto o custo é só o do líquido e isso sai a R$ 1,50, preço acessivo para a classe D presente nos locais.”
Em apenas um ano, a participação da Norsa recuou de 59% para 51% no maior mercado do nordeste, a Bahia, que responde por quase 40% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Depois desta iniciativa, a rede ampliou sua presença de 11 mil para 14 mil pontos-de-venda (PDV), tendo a venda porta a porta já coberto 70 mil lares desde outubro de 2009. A meta é chegar a 100 mil até o final do ano. “Graças a essas medidas, nossa participação nesses PDVs cresceu 60%”, festejou o diretor.
Fonte: DCI