O projeto Energetic Modular Technology (Et), explora a aplicação conjunta do vidro e da madeira para uma construção sustentável
O projeto Energetic Modular Technology (Et), reconhecido com o prémio BES Inovação, “transforma Portugal no primeiro país a explorar a aplicação conjunta da madeira e do vidro com características energéticas no âmbito da construção sustentável”, diz seu autor, o arquiteto José Pequeno do Grupo DST (Domingos da Silva Teixeira), de Braga. Ele afirma que a conquista na categoria energias “constitui o empurrão decisivo para o sucesso da implementação e comercialização dessa tecnologia a nível nacional e internacional”.
A tecnologia Et, implicou em três anos de investigação e foi desenvolvida em parceria pela DST e pela Universidade do Minho. Segundo José Teixeira gestor da DST, o Et vai implicar um investimento de cerca de dois milhões de euros e deve começar a ser produzido em série em Julho de 2011. A empresa pretende comercializar o produto, primeiro no mercado externo, mais receptível à construção sustentável, e só depois em Portugal. “Não existe ainda, no mundo, a comercialização de qualquer sistema estrutural misto madeira-vidro ou estrutural pré-fabricado com propriedades energéticas, estamos na presença de uma tecnologia emergente”. Para efeito, acrescenta o responsável, “será criada a empresa Tglass, que apresentará ao mercado um produto inovador, ambientalmente sustentável e, ao mesmo tempo, economicamente viável”.
No primeiro ano de atividade a nova empresa espera obter vendas de 6,9 milhões de euros (e um resultado líquido de 144.000 euros, sendo que, quatro anos depois, estes valores deverão evoluir para 8 milhões de euros e 521.000 euros, respectivamente. A Tglass vai ser implementada pela DST, empresa com mais de 60 anos de experiência no setor da construção, em parceria com a Universidade do Minho e com o apoio do arquiteto José Pequeno.
A tecnologia Et destina-se a ser utilizada essencialmente nos setores da construção sustentável e da reabilitação, e materializa-se através de um painel modular misto composto por madeira e vidro, que pode ser utilizado como laje e/ou parede resistente. Neste painel estão integrados em simultâneo sistemas solares passivos e ativos, que garantem a eficiência energética do espaço em que são inseridos e operam de modos distintos consoante as quatro estações do ano. O projeto apresenta um forte potencial de melhoria do desempenho energético e ambiental do meio edificado, podendo assumir uma enorme relevância dada a atual valorização da construção sustentável, refere o arquiteto responsável pelo projeto.
Fonte: Oje