Ala islâmica do Louvre é aberta ao público sob uma arrojada cobertura de vidro ondulada.
O museu do Louvre, em Paris, inaugurou no dia 22 de setembro sua maior intervenção arquitetônica desde a construção da icônica pirâmide de vidro idealizada pelo arquiteto chinês I.M. Pei, símbolo do Louvre há 24 anos.
Trata-se de uma ala inteiramente dedicada à arte islâmica, marcada por uma megaestrutura ondulada com 150 toneladas de vidro e aço. A cobertura, que se estende por mais de 3.500 metros quadrados de área, é suportada por apenas oito tubos estreitos.
Projetada pelo arquiteto italiano Mario Bellini e pelo francês Rudy Ricciotti, a forma da estrutura evoca um lenço de seda pairando no ar, fazendo uma alusão aos tradicionais véus islâmicos.
O aspecto de “véu” da estrutura foi obtido através de uma arrojada combinação de tubos de aço e peças triangulares de vidro sobrepostos por uma malha de alumínio dourado.
Um dos grandes desafios do projeto foi criar uma cobertura contemporânea que pudesse coexistir com as fachadas históricas do museu, datadas do século 18.
Sob o telhado de vidro ondulado, o visitante tem a oportunidade de observar as obras da exposição, dispostas em caixas de vidro transparentes.
O espaço reserva ainda uma galeria subterrânea. Ao todo, o acervo do museu abriga mais de 18 mil peças. A nova ala, batizada de Islã, deverá abrigar uma das mais ricas coleções do tipo no mundo, com objetos vindos da Espanha à Índia, entre os séculos 7 e 19.
O custo da obra está estimado em 98 milhões de euros e levou seis anos para ser construída.