Como poupar energia e reduzir as emissões de CO2 para atingir os objetivos da UE para 2020
02/09/2010
Em Março de 2007, os chefes de Estado e de governo da União Européia confirmaram a necessidade de poupar anualmente cerca de 300 milhões de toneladas de CO2 provenientes de edifícios até 2020.
Os políticos poderiam atingir entre 5% e 25% daquele objetivo promovendo uma
maior utilização do vidro de controle solar nos edifícios existentes e em novos edifícios na Europa, garantindo menos energia para manter os interiores frescos.
Esta tecnologia existe atualmente. A UE e os respectivos Estados membros podem utilizá-la para ajudar a atingir os seus próprios objetivos, atuando de forma a garantir que seja instalado mais vidros de controle solar.
O Desempenho energético dos edifícios requer que todos os Estados membros da UE melhorem os respetivos regulamentos de construção a cada cinco anos. Deveria ser uma prioridade encorajar uma maior utilização de vidro de controle solar.
O potencial do vidro de controle solar para reduzir as emissões de CO2 com origem nos edifícios foi analisado pelo instituto científico holandês, TNO, num estudo que é tecnicamente rigoroso e conservador. Os resultados são apresentados nesta publicação. O estudo conclui que poderiam evitar-se anualmente entre 15 e 85 milhões de toneladas de emissões de CO2 até ao ano de 2020, se o vidro de controle solar fosse mais utilizado.
Vidro de controlo solar
O vidro de controle solar é um produto de alta tecnologia desenvolvido pela indústria vidreira para permitir que a luz solar atravesse uma janela ou uma fachada, ao mesmo tempo que irradia e reflete uma grande parte do calor do sol. Os espaços interiores permanecem luminosos e muito mais frescos do que se se utilizasse vidro normal.
O vidro de controle solar não é necessariamente vidro colorido ou espelhado, embora, caso se deseje, se possam aplicar esses acabamentos com finalidades estéticas. Incorpora camadas invisíveis de materiais especiais no vidro que têm o efeito duplo de permitir a entrada da luz solar, ao mesmo tempo que repelem o calor solar. As unidades de vidro de controle solar são tipicamente de vidro duplo, o que significa que também isolam bem.
Um estudo do benefício do vidro de controle solar
A Glass for Europe solicitou ao TNO que efetuasse um estudo sobre o potencial impacto na
poupança de energia e na redução das emissões de CO2 na Europa devido a uma maior utilização de vidro de controle solar, que também tem propriedades de baixa emissividade.
O estudo destaca-se por ser excepcionalmente rigoroso na sua metodologia e controles, e pela abordagem conservadora e cautelosa adotada ao transpor as hipóteses formuladas para os modelos. Isto produziu resultados que são sérios, sólidos e credíveis. O estudo é progressista, avaliando o impacto provável de certas opções políticas no futuro. Era, portanto, necessário baseá-lo em determinados conjuntos de hipóteses – ou cenários – considerando variáveis importantes, nomeadamente a utilização de ar condicionado.
O estudo equacionou quatro cenários futuros possíveis para avaliar o potencial impacto de uma maior utilização do vidro de controle solar, tendo sido depois efetuada uma análise completa para cada um.
O mais provável desses cenários prevê um crescimento significativo do número de edifícios com ar condicionado na Europa. Nestes cenários, a utilização consistente do vidro de controle solar poderia representar entre 5% e 25% dos objetivos de eficiência de construção já estabelecidos pelos decisores políticos europeus para 2020.
Relação custo-benefício para o meio ambiente
A energia consumida e as emissões de CO2 geradas pela fabricação do vidro, mesmo com níveis maiores de produção, são uma fração minúscula do que poderia evitar se o vidro de controle solar fosse mais utilizado para deixar entrar a luz, mas manter afastado o calor do sol.
Mesmo à medida que os volumes de produção de vidro continuaram a subir, o volume de CO2 emitido por tonelada de vidro produzido tem vindo a diminuir desde os anos setenta graças a técnicas de processo e tecnologias melhoradas, e aos recursos de combustíveis de melhor qualidade. Com as emissões da indústria do vidro arquitetônico na Europa calculadas em cerca de 4 a 5 milhões de toneladas de CO2 por ano, as poupanças potenciais de uma maior utilização do vidro de controle solar ultrapassam de longe as emissões industriais.
Vidro de baixa emissividade (Low-e)
Para climas mais frios e menos ensolarados, o vidro de Baixa Emissividade pode ser a escolha mais eficiente em termos energéticos. Em vez de manter o calor do sol do lado de fora, o vidro de Baixa Emissividade tem um tratamento especial que permite reter o calor no interior. A maior parte dos vidros de controle solar também são vidro de Baixa Emissividade, retendo o calor durante os períodos mais frios do ano. Esta é outra área em que a indústria vidreira inovou para fornecer soluções adequadas às necessidades atuais.
Fonte: Glass for Europe – A Glass for Europe é a associação comercial de fabricantes europeus de vidro para a construção, automóveis e transportes.
TNO que efectuasse um estudo
sobre o potencial impacto na
poupança de energia e na redução
das emissões de CO2 na Europa
devido a uma maior utilização
de vidro de controlo solar,
que também tem propriedades
de baixa emissividade (ver página
10). O relatório do estudo está
disponível mediante pedido feito
à Glass for Europe ou em
www.glassforeurope.com.
O estudo destaca-se por ser excepcionalmente
rigoroso na sua
metodologia e controlos, e pela
abordagem conservadora e cautelosa
adoptada ao transpor as
hipóteses formuladas para os modelos.
Isto produziu resultados
que são sérios, sólidos e credíveis.
O estudo é progressista, avaliando
o impacto provável de certas
opções políticas no futuro. Era,
portanto, necessário baseá-lo em
determinados conjuntos de hipóteses
– ou cenários – considerando
variáveis importantes, nomeadamente
a utilização de ar
condicionado.
O estudo equacionou quatro cenários
futuros possíveis para avaliar o
potencial impacto de uma maior
utilização do vidro de controlo solar,
tendo sido depois efectuada uma
análise completa para cada um.
O mais provável desses cenários
prevê um crescimento signifi cativo
do número de edifícios com ar
condicionado na Europa. Nestes
cenários, a utilização consistente
do vidro de controlo solar poderia
representar entre 5% e 25% dos
objectivos de efi ciência de construção
já estabelecidos pelos decisores
políticos europeus para 2020.