Exposto na cidade inglesa de Bristol, lustre de aproximadamente 5 metros de altura é composto por 665 radiômetros de Crookes.
O artista plástico britânico Luke Jerram, ganhou notoriedade com a comunidade científica pela sua série “Glass Microbiology” (microbiologia em vidro, em inglês). A coleção de esculturas de vidro criada em 2004, reproduz com riqueza de detalhes diversos tipos de vírus e bactérias, virando referência no estudo da microbiologia.
Agora, o artista ataca em outro campo científico. Trata-se de um lustre solar em vidro, de aproximadamente 5 metros de altura, composto por 665 radiômetros de Crookes.
Inventado em 1873 pelo químico William Crookes, o radiômetro de Crookes, também conhecido como light mill (moinho de luz, numa tradução livre), consiste em um bulbo de vidro vedado contendo vácuo parcial.
Dentro do vidro, há 4 hélices de metal montadas sobre um eixo. As hélices são pintadas de branco de um lado e preto do outro. Quando expostas à luz solar, luz artificial ou radiação infravermelha, as hélices passam a girar.
Resumidamente, isso ocorre devido ao fato da face negra aquecer mais do que a branca, fazendo com que as moléculas de ar refletidas pela sua face criem uma maior reação do que sobre a branca, o que provoca este movimento de rotação.
No lustre de Jerram, as mudanças sutis na incidência dos raios solares ao longo dia, alteram a velocidade das hélices, que aceleram e desaceleram, criando belo efeito de iluminação.
Encomendada pela Bristol and Bath Science Park, a obra ficará em exposição permanente em sua sede, na cidade de Bristol, Inglaterra.