Projeções divulgadas pela ABRE apontam receita de R$ 46 bilhões. Na análise por setor, o vidro foi o que apresentou maior crescimento, com alta de 6,43%
No dia 29 de fevereiro, a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) apresentou o Estudo Macroeconômico da Embalagem ABRE/FGV, com o balanço do setor de embalagens em 2011 e perspectivas do segmento para 2012.
O estudo exclusivo, realizado pela Fundação Getúlio Vargas há 15 anos, foi apresentado pelo coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros.
De acordo com o estudo, a produção da indústria de embalagem deverá crescer 1,6% em 2012, avanço semelhante ao registrado no ano passado, quando o setor obteve aumento na produção de 1,5% – índice superior ao alcançado pela indústria geral que foi de apenas 0,27% no mesmo período.
No primeiro semestre do ano passado o setor registrou um aumento de 3,11% em relação ao mesmo período de 2010, Entretanto, no segundo semestre, o ritmo arrefeceu e a produção apresentou retração de 0,07% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O setor que apresentou a maior taxa de crescimento foi o de vidro com 6,43%, seguido por madeira (4,18%), papel, papelão e cartão (2,91%) e metal (2,42%). Já o setor de plástico recuou 2,67% em comparação com o ano anterior.
De acordo com Salomão Quadros, a retração da produção do setor de plástico se explica em parte pelas importações, mas o principal fator foi a diminuição da demanda.
A receita líquida de vendas em 2012 deverá atingir R$ 46 bilhões, numa alta de 5% sobre os R$ 43,7 bilhões gerados em 2011.
O emprego deve apresentar expansão moderada de 3%, aproximando-se de 230 mil empregos com carteira assinada, ante 223 mil postos de trabalho registrados no fim do ano passado. O setor registrou nível recorde de 226.210 empregados com carteira assinada em outubro de 2011, recuando nos dois meses finais do ano.
No ano de 2011 as exportações diretas do setor de embalagem tiveram um faturamento de US$ 470,8 milhões. Este valor representa um crescimento de 13,23% em relação a 2010, com forte desempenho da indústria de plásticos, correspondente a 40% do total exportado, seguida das embalagens metálicas (28,14%). Já as embalagens de papel, cartão e papelão ficaram no terceiro lugar, correspondendo a 21,46% do total exportado, seguida por embalagens de vidro (6,11%) e madeira (4,28%).
Já as importações tiveram um crescimento de 3% na comparação com o ano de 2010, movimentando um total US$ 819,7 milhões. O setor de plásticos corresponde a 54,61% do total importado, seguido por embalagens metálicas (15,35%) e vidro (13,76%).
Ainda de acordo com Salomão, espera-se uma recuperação e maior aceleração de crescimento do setor ao longo do ano, principalmente no segundo semestre quando as medidas do governo (juros, crédito e incentivos fiscais) já estarão maduras.
Fonte: Centro de Informações ABRE