Técnica permitirá telas de smartphones com camada de proteção definitiva contra as indesejadas marcas no vidro de impressão digital
Pesquisadores do Instituto Max Planck, em Mainz, na Alemanha, publicaram um artigo na revista Science em que afirmam terem desenvolvido uma técnica de beneficiamento capaz de proteger definitivamente uma superfície de vidro da oleosidade da pele, e claro, das marcas de impressões digitais. A descoberta poderá ser muito útil em aparelhos com telas sensíveis ao toque.
O experimento descrito pelos alemães é simples, porém bastante interessante. Primeiro eles submeteram uma lâmina de vidro ao fogo de uma vela. Isto levou à deposição de uma camada escura de fuligem na superfície do vidro. Os pesquisadores então constataram que essa camada, composta de microesferas com 30 a 40 nanômetros de diâmetro, possuía uma textura ideal para não permitir a aderência de óleos.
Para proteger a fuligem e torná-la transparente, eles recobriram a tela com uma camada de sílica com 25 nanômetros de espessura e temperaram o vidro em um forno a 600ºC, fundindo desta forma a substância a massa do vidro, tornando-a duradoura, e claro, transparente como o vidro. E além de aderir em vidro, o revestimento pode ser utilizado em alumínio, aço e cobre.
De acordo com o Tecnoblog, a maioria das telas de smartphones já possuem uma camada que protege o vidro contra os óleos da pele humana, mas ela se gasta com o tempo. A técnica desenvolvida pelos pesquisadores alemães consegue fazer com que óleo sequer grude e tenha uma durabilidade maior.
O único entrave a chegada dessa tela ao mercado é o fato de que eles ainda não desenvolveram uma técnica eficiente para implementar essa proteção em larga escala.