Formado por diversas empresas e entidades, Projeto Futuro em Nossas Mãos vem ministrando cursos gratuitos de serralheria e esquadria
Atenta ao cenário da ausência de profissionais qualificados e motivados no setor da construção civil, em especial no segmento da serralheria, a Belmetal, distribuidora de produtos manufaturados e semi-manufaturados de alumínio, em parceria com a CBA – VM, forma a primeira turma de 2011 do Projeto Futuro em Nossas Mãos. O evento de formatura aconteceu em maio, na fábrica da CBA – VM.
Trata-se de uma iniciativa criada em 2006 com o objetivo de gerar oportunidade para jovens carentes residentes na cidade de São Paulo com idade de 18 a 29 anos, de forma que obtenham qualificação profissional no ofício de Serralheiro em Alumínio e Instalador de Esquadrias de Alumínio.
O projeto conta com uma sólida rede de apoio formada por diversas empresas e entidades: VM-CBA (Votorantim Metais – Companhia Brasileira do Alumínio), responsável pelo financiamento do projeto; o Instituto Votorantim, responsável pelo estabelecimento das diretrizes de todos os projetos sociais das empresas do Grupo Votorantim; o CAT – Centro de Apoio ao Trabalhador, órgão da Prefeitura de São Paulo que realiza a captação e convite dos jovens para participarem do processo seletivo para ingresso no projeto e contribui para sua posterior inserção no mercado de trabalho; a AFEAL – Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio, que contribui para a intermediação entre os formados e potenciais empregadores, entre outros participantes.
A Belmetal integra o projeto com o fornecimento de insumos para as aulas práticas (perfis extrudados de alumínio), além de apostilas técnicas e ferramental para usinagem dos perfis (Estampo). “Além de fortalecer a parceria que já existe com a VM-CBA (a Belmetal é hoje distribuidora exclusiva da VM-CBA para o segmento de construção civil), afirmamos nossa preocupação social e nosso desejo em contribuir com a qualificação da mão-de-obra brasileira para o segmento da construção”, afirma Luiz Valério de Paula Trindade, gerente de marketing e de produtos da Belmetal.
O projeto vai muito além de uma capacitação emergencial de mercado. Ele visa realmente formar profissionais e cidadãos de bem, promovendo uma visão geral do setor da serralheria e esquadria e, principalmente, a capacitação envolvendo postura no ambiente de trabalho, relacionamento interpessoal e cidadania.
O cuidado com este curso é tão minucioso que há uma consultoria especializada em projetos para o terceiro setor contratada especialmente para ajudar o Instituto Votorantim na condução e administração de seus projetos sociais. “As empresas do setor de alumínio tem grandes vantagens com este projeto, pois têm a disposição uma das coisas mais raras atualmente, profissionais altamente qualificados, e, principalmente, motivados”, afirma Saulo Cunha, do Instituto Prattein.
Estruturação dos cursos
Com duração média de dois meses a dois meses e meio, o projeto forma 16 jovens por turma e cinco turmas por ano, somando 80 jovens atendidos ao ano. As aulas acontecem na unidade do SENAI Tatuapé (Escola “Orlando Laviero Ferraiuolo”), especializada em capacitação de profissionais para o segmento da construção civil.
Os cursos são compostos de um módulo Prático (ou seja, em oficina de serralheria) e outro módulo chamado de Núcleo Comum, onde os jovens aprendem assuntos como cidadania, relações interpessoais no ambiente de trabalho, elaboração de currículo, entrevistas, como prospectar emprego, noções de associativismo e micro-empreendedorismo, entre outros assuntos.
Além disso, o curso prevê também uma visita monitorada à fábrica da VM-CBA, para que os jovens tenham contato com o processo produtivo do alumínio e conheçam a área de ferramentaria e extrusão.
O curso é totalmente gratuito e todos os jovens selecionados recebem material didático para as aulas teóricas e práticas, além de vale-transporte e vale-lanche.
O processo seletivo também é criterioso, já que, além de uma prova de conhecimentos básicos de português e matemática, é preciso ainda analisar o perfil socioeconômico do candidato e sua real disposição em dar continuidade ao curso e prosseguir na carreira.
Apesar de todo o trabalho, segundo a Belmetal, todo este cuidado e investimento compensam. Os resultados têm se mostrado bastante expressivos no que se referem aos objetivos da proposta. O índice de evasão é geralmente muito baixo, e, na maioria das vezes, formam-se os 16 integrantes iniciais de cada turma.
Já a empregabilidade na área de serralheria é alta – atingindo a média de 50% por cada turma. “Quando se contabiliza a empregabilidade de um modo geral em todas as áreas, este índice sobe para até 70%, sendo que grande parte destes jovens obtêm êxito em suas áreas de atuação. Isto mostra que realmente o Projeto Futuro em Nossas Mãos faz a diferença para o futuro de jovens carentes por ele atendido e serve de referência para iniciativas de outras empresas do Brasil”, acredita o gerente da Belmetal.
