Alcanorte-Barrilha ganha novo gestor e poderá operar em 2014

Novo gestor propõe levantamento de toda a situação da Alcanorte, além da possibilidade da retomada da fábrica de barrilha, importante matéria prima do vidro

Jean-PauL Prates - Gestor da Alcanorte
Jean-PauL Prates será o novo gestor para revitalização e implantação de negócios da Alcanorte. Atualmente, o Brasil importa 100% da barrilha utilizada no país.

O ex-secretário de Energia, Jean-Paul Prates e atualmente diretor-geral do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), anunciou oficialmente que foi incumbido da missão de revitalizar e implantar novos negócios na Alcanorte, fábrica do Rio Grande do Norte de barrilha, que foi instalada em Macau, há mais de 30 anos, mas nunca entrou em operação.

De acordo com informações divulgadas por meio da assessoria de imprensa, ele disse que o convite foi feito pelas controladoras da fábrica, a Cia. Nacional de Álcalis e a Associação Noválcalis, em junho passado. As negociações duraram quatro meses e o mandato foi efetivado há alguns dias.

Entre os primeiros atos do novo gestor estão o levantamento da situação contábil, econômica e financeira da Alcanorte e a definição de quais atividades econômicas internas da empresa são passíveis de investimento. A ideia é formar sociedades de propósito específico (SPEs), que serão exploradas em conjunto com grupos de investidores diferentes, escolhidos por setor.

As atividades são relativas a recursos hídricos, petróleo e gás, energia renovável, agricultura sustentável, aquicultura, e industrialização do sal, além da possibilidade da retomada da fábrica de barrilha, produto indispensável na fabricação de vidro e outros derivados. Atualmente, o Brasil importa 100% da barrilha utilizada no país.

Prates afirma que cada novo negócio será explorado de forma isolada, com a constituição de empresas específicas para cada um dos empreendimentos.

Sobre a Alcanorte

A Alcanorte, fábrica concebida para produzir barrilha no Rio Grande do Norte, no município de Macau, teve sua placa descerrada há pouco mais de 34 anos, mas, ao contrário do que se poderia esperar, a inauguração não significou a largada das operações da indústria.

Envolvida em polêmicas, dívidas e em infindáveis disputas judiciais, a estrutura, que prometia uma guinada para o desenvolvimento do estado, permaneceu desativada e, de tempos em tempos, apenas prometendo ligar as máquinas.

Desta vez, a tentativa será feita pelo carioca, advogado e economista, Jean-Paul Prates. Apresentado como novo gestor para revitalização e implantação de negócios da companhia, trazendo de volta a ideia de transformá-la num complexo industrial para produzir outros produtos além de barrilha.

Nesse caso, a proposta seria montar Sociedades de Propósito específico para explorar, de forma isolada, diferentes negócios.

Fonte: Tribuna do Norte