Reeducandos da Fábrica de Esperança em Alagoas aprenderão a trabalhar com vidro temperado e outros produtos
O local para terceira reunião do Núcleo Industrial BR-104, na última sexta-feira, 19, não poderia ter sido melhor escolhido. Após discutir detalhes sobre infraestrutura, instalações das indústrias, segurança e o aproveitamento da mão de obra egressa das unidades penitenciárias, os empresários conheceram de perto o potencial criativo e a vontade de trabalhar dos reeducandos da Fábrica de Esperança, no Sistema Penitenciário de Alagoas.
E todos gostaram muito do que viram, segundo a direção. Carla Cruz, diretora geral da Tempermac – uma das quatro empresas que vão ocupar os cinco lotes do Núcleo Industrial de 260 mil m² – é puro entusiasmo. “Estamos apostando no projeto. Antes mesmo da nossa instalação aqui vamos contratar sete reeducandos egressos do sistema para a nossa empresa”, salientou.
“Estamos organizando também aqui na Fábrica de Esperança uma oficina para preparar os nossos futuros trabalhadores. Eles vão aprender a lidar com vidro temperado, o fabrico de box, portas e outros produtos. Em junho do próximo ano pretendemos inaugurar a fábrica, 80% da nossa força de trabalho será formada por egressos do sistema prisional”, disse a empresária.
Para o diretor de Educação, Produção, Saúde e Laborterapia da Intendência Geral do Sistema Penitenciário (Igesp), Sérgio Almeida, essa parceria tem tudo para dar certo. “A presença dos empresários neste projeto significa a efetiva participação da sociedade no trabalho de ressocialização. A absorção de mão de obra vinda do sistema penitenciário é uma barreira que começamos a superar”, destacou.
Já o superintendente de logística da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística (Sedec), Norlan Dowell, essa terceira reunião do Núcleo serviu para esclarecer alguns pontos importantes como relações trabalhistas; o fornecimento de energia elétrica, de água e de gás natural; além do esgotamento sanitário; obras de drenagem e futura pavimentação do acesso às indústrias.
“É importante dizer que estamos superando outro grande gargalo: o preconceito. Hoje os empresários estão envolvidos e muito motivados com o empreendimento. A boa notícia se espalhou e três indústrias estão disputando o último lote disponível no Núcleo Industrial BR-104, no Tabuleiro do Martins”, comemora Dowell.
Fonte: Agência Alagoas